Organização social das formigas
Embora nem todas as espécies de formigas construam formigueiros, muitas fazem autênticas obras de engenharia, normalmente subterrâneas, com um complexo sistema de túneis e câmaras com funções especiais – para o armazenamento de alimentos, para a rainha, o “berçário”, onde são tratadas as larvas, etc.
As sociedades das formigas são organizadas por divisão de tarefas, muitas vezes chamados castas. As tarefas podem ser distribuídas pelo tamanho e/ou pela idade do indivíduo.
A função da reprodução é realizada pela rainha e pelos machos. A reprodução é feita pelo voo nupcial. A rainha vive dentro do formigueiro, é maior que as restantes formigas, perde as asas depois de fecundada e durante toda a sua vida põe ovos. Os machos aparecem apenas quando é necessário fecundar uma nova rainha, o que acontece durante um voo em que participam milhares de fêmeas e machos alados; depois da fecundação, os machos não são autorizados a entrar no formigueiro e geralmente morrem rapidamente.
As restantes funções – procura de alimentos, construção e manutenção do formigueiro e sua defesa – são realizadas por fêmeas (que não possuem asas, para maior mobilidade no formigueiro) estéreis, as obreiras. Em certas espécies, as obreiras que realizam as diferentes funções estão também divididas em castas. Normalmente, as que se ocupam da defesa – ou para o ataque, uma vez que algumas espécies são predadoras de animais que podem ser maiores que elas – têm as peças bucais extremamente grandes e fortes.
Existem também outras 2 funções: a de operário e a de soldado. As operárias tomam conta da cria (ovos, larvas e pupas), fazem a limpeza do formigueiro e coletam o alimento. Já as formigas soldados guardam a entrada do formigueiro sem descanso.
Desenvolvimento
As pequenas formigas desenvolvem-se por metamorfoses completas, passando por um estado larvar equivalente à lagarta dos outros insectos e pelo estado de pupa. A larva não tem pernas e é alimentada pelas obreiras por um processo chamado trofalaxia, no qual a obreira regurgita alimentos por ela ingeridos e digeridos. Os adultos também distribuem alimento entre si por este processo. As larvas e pupas precisam de temperatura constante para se desenvolverem e, por isso, são transferidas para câmaras diferentes, de acordo com o seu estágio de desenvolvimento.
A diferenciação em castas é determinada pelo tipo de alimento que recebem nos diferentes estados larvares e as mudanças morfológicas que caracterizam cada casta aparecem abruptamente.
Comportamento das formigas
Formigas sobre folhas[editar] ComunicaçãoAs formigas se comunicam geralmente por uma química chamada feromonas, esses sinais de mensagens são mais desenvolvidos na espécie das formigas que em outros grupos de himenópteros. Como as formigas passam a vida em contato com o solo, elas deixam uma trilha de feromônio que pode ser seguida por outras formigas. Quando uma obreira encontra comida ela deixa um rastro no caminho de volta para a colônia, e esse é seguido por outras formigas que reforçam o rastro quando elas voltam à colônia. Quando o alimento acaba, as trilhas não são remarcados pelas formigas que voltam e o cheiro se dissipa. Esse comportamento ajuda as formigas a se adaptarem à mudanças em seu meio. Quando um caminho estabelecido para uma fonte de comida é bloqueado por um novo obstáculo, as obreiras o deixam para explorar novas rotas. Se bem sucedida, a formiga retorna e marca um novo rastro para a rota mais curta. Trilhas bem sucedidas, são seguidas por mais formigas, e cada uma o reforça com mais feromônio (as formigas seguirão a rota mais fortemente marcada). A casa é sempre localizada por pontos de referência deixados na área e pela posição do sol; os olhos compostos das formigas têm células especializadas que detectam luz polarizada, usados para determinar direção. As formigas usam feromônio para outros propósitos também. Uma formiga esmagada emitirá um alarme de feromônio, o qual em alta concentração leva as formigas mais próximas a um furor de ataque; e em baixa concentração, as atrai. Para confundir inimigos, várias espécies de formigas também usam feromônios, que os fazem lutar entre eles mesmos
Como outros insetos, as formigas sentem o cheiro com longas e finas antenas. As antenas têm como cotovelos ligados ao primeiro segmento alongado; e visto que vêm em pares-como visão binocular ou equipamento de som estereofônico elas obtêm informações sobre direção e intensidade. Quando duas formigas se encontram, tocam as antenas e as feromonas que estiverem presentes fornecem informação sobre o estado de alimentação de cada uma, o que pode levar à trofalaxia, ou seja, uma delas regurgita a comida para a outra. A rainha produz uma feromona especial que indica às obreiras quando devem começar a criar novas rainhas.
As formigas geralmente atacam e defendem-se ferroando, por vezes injectando compostos químicos no animal atacado, em especial, o ácido fórmico.
Tipos de formigasHá uma grande diversidade de formigas e dos seus comportamentos:
As formigas-correição, da América do Sul e da África, não constroem formigueiros permanentes e alternam entre uma vida nômade e a organização de abrigos temporários formados pelos corpos das obreiras. As sociedades reproduzem-se, quer por vôos nupciais, quer por divisão do grupo, em que um grupo de obreiras se separa e cava um ninho para criar novas rainhas. Os membros de cada grupo distinguem-se pelo olfacto e normalmente atacam outros intrusos.
Algumas formigas atacam outros formigueiros, roubam as pupas e criam-nas como obreiras. Algumas espécies, como a formiga da Amazónia (por exemplo, Polyergus rufescens), tornaram-se totalmente dependentes destas obreiras, ao ponto de, sem eles, serem incapazes de se alimentar.
Formigas Pote de Mel
As “formigas-pote-de-mel” criam obreiras especiais, cuja única função é armazenar comida nos seus próprios corpos para o resto do grupo, ficando geralmente imóveis, com grandes abdómens cheios de comida. Em locais secos, mesmo desertos, em África, América do Norte e Austrália, estas formigas são consideradas um “petisco” delicioso.
As “formigas-tecelãs” (Oecophylla) constroem ninhos em árvores cosendo folhas, que juntam formando pontes de obreiras e depois cosendo-as com seda que obtêm de larvas criadas para esse efeito.
As “formigas-cortadoras” dos gêneros Atta e Acromyrmex pertencem à tribo Attini, e vivem exclusivamente nas Américas, do norte da Argentina até o sul dos Estados Unidos. Ao contrário do que se pensa, as formigas não se alimentam ingerindo as folhas que cortam (mas podem ingerir exsudatos açucarados destas folhas). Alimentam-se do fungo que elas cultivam dentro do formigueiro. Elas possuem várias castas, com funções específicas na manutenção da colônia (operárias, soldados, operárias do jardim) . Umas cortam e/ou carregam folhas, flores e ramos, outras cuidam da limpeza e da defesa da colônia, e outras ainda do cultivo do fungo e do cuidado com os filhotes, chamados larvas. As formigas da casta das “jardineiras”, cortam as folhas e, ao fazê-lo, aproveitam para se alimentarem da seiva exudada. Estas folhas são carregadas para o interior do formigueiro, onde formigas de outra casta se encarregarão de triturá-las para o cultivo de um fungo de cor branca, base da sua alimentação. O fungo supre as necessidades alimentares de todas as formigas que vivem exclusivamente dentro do formigueiro, como as larvas, e da rainha. Esta, por sua vez, se encarrega de colocar os ovos durante toda a vida e, através de seus descendentes, perpetua a colônia. São conhecidas 14 espécies de formigas cortadeiras do gênero Atta e mais de 25 espécies do gênero Acromyrmex.
Relações das formigas com outros organismos
Formiga ordenhando afídeoAlgumas espécies de afídeos segregam um líquido doce que normalmente é desperdiçado, mas as formigas recolhem-no e, ao mesmo tempo, protegem os afídeos de predadores e chegam a transportá-los para locais com melhor comida.
Uma relação parecida existe com as lagartas mirmecófilas (“amigas das formigas”) que são criadas por algumas formigas. Estas levam-nas a “pastar” durante o dia e recolhem-nas ao formigueiro à noite. As lagartas têm uma glândula que segrega igualmente um líquido doce que as formigas “mungem”, massageando o local onde está a saída da glândula.
Ao contrário, existem microorganismos mirmecófagas (que comem formigas): estas lagartas segregam uma feromona que faz as formigas pensarem que a lagarta é uma das suas larvas, levam-nas para o formigueiro, onde as lagartas se alimentam das larvas das formigas.
Humanos e formigas
Um tipo de formiga doméstica que costuma formar seu ninho em eletrodomésticos como vídeo cassete ou computador por causa da temperatura, podendo muitas vezes danificá-los. Elas costumam habitar partes ocas na parede da casa.As formigas são úteis porque podem ajudar a exterminar outros insetos daninhos e a aerificar o solo. Por outro lado, podem tornar-se uma praga quando invadem as casas, jardins e campos de cultivo. As “formigas-carpinteiras” destroem a madeira furando-a para fazer os seus ninhos.
Algumas espécies, chamadas “formigas-assassinas”, têm a tendência de atacar animais muito maiores que elas, quer para se alimentarem, quer para se defenderem. É raro atacarem o homem, mas podem dar picadas muito dolorosas e, se forem em grandes números, podem causar dano permanente ou matar por alergia grave.
As formigas encontram-se em muitas fábulas e histórias infantis da cultura ocidental, representando o trabalho e esforço cooperativo, assim como agressividade e espírito de vingança. Em partes de África, as formigas são consideradas mensageiras dos deuses. Algumas religiões dos índios norte-americanos, como os Hopi, consideram as formigas como os primeiros habitantes do mundo. Outras usam picadas de formigas em cerimônias de iniciação, como teste de resistência.
A maioria das espécies de formigas domésticas são altamente repulsivas ao cravo, sendo este um bom agente para combater invasões.
Tempo de Vida
Desde a etapa em que são ovos, até se tornarem adultas, as formigas demoram entre 6 a 10 semanas. Em geral as operárias podem viver alguns meses, com algumas espécies podendo viver aproximadamente 3 anos. As rainhas vivem mais do que as operárias, sendo que a maior longevidade foi registrada na espécie Pogonomyrmex owyheei, que atingiu uma idade de 30 anos. As formigas aparentemente vivem mais quando são alimentadas com o mel de rainha.
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Formiga
A Anatomia da Abelha
O corpo de uma abelha melífera divide-se em cabeça, tórax e abdome.
As abelhas possuem na cabeça os órgãos sensoriais que lhe permitem saber o que se passa ao seu redor.
Através dos grandes olhos compostos, podem orientar-se em seus vôos e distinguir as cores das flores.
Nas antenas possuem os sentidos da audição, do olfato e do tato, imprescindíveis quando se encontram na escuridão da colméia. Pelo cheiro podem reconhecer suas companheiras e detectar seus inimigos.
Asas
As abelhas e vespas têm dois pares de asas membranosas bem desenvolvidas, sendo o par anterior maior do que o posterior.
Diferentemente das abelhas, as asas das vespas do grupo Vespidae se dobram longitudinalmente quando em repouso, dando a impressão de que suas asas são bem finas.
Cabeça
Na cabeça estão abrigados importantes órgãos. Na suas duas antenas, por exemplo, estão localizadas as chamadas cavidades olfativas, órgãos bastante desenvolvidos, que têm a importante função de captar odores como o de floradas, por exemplo, por parte das operárias, ou o odor de rainhas virgens, por parte de zangões. Estes apresentam cerca de 30.000 cavidades olfativas, as operárias de 4.000 a 6.000 e a rainha cerca de 3.000.
Também na cabeça está localizado o complexo sistema visual das abelhas, que é composto por três ocelos, ou olhos simples, situados na parte frontal da cabeça, e de dois olhos compostos, localizados nas laterais da cabeça, que são constituídos por milhares de omatídeos, formando um conjunto de olhos interligados. Apesar de fixos, estes olhos são capazes de enxergar em todas as diferenças – graças ao seu grande número – e a longas distâncias.
Os zangões apresentam 13.000 omatídeos, as operárias cerca de 6.500 e a rainha, 3.000.
Ainda na cabeça estão localizadas três importantes glândulas: as mandibulares, que dissolvem a cera e ajudam a processar a geléia real que alimentará a rainha e as hipofaríngeas, que funcionam do quinto ao 12º dia de vida da operária e transformam o alimento comum em geléia real. Além das glândulas e dos órgãos de sentido, ainda estão situados na cabeça o aparelho bucal e os sacos aéreos, se interligam ao abdômen.
Tórax
o tórax da abelha é formado por três segmentos: o primeiro ligado à cabeça chama- se Protórax: a mediana Mesotórax e o terceiro ligado ao abdômen Metatórax.
Os órgãos de locomoção da abelha estão situados em seu tórax: as seis patas, divididas em seis segmentos, e seus dois pares de asas. Também estão alojados no tórax o esôfago das abelhas e os espiráculos – órgãos de respiração.
Os pares de patas diferem entre si, possuindo cada um deles uma função pelicular. No primeiro segmento estão instaladas as patas anteriores, as quais são forradas por pêlos microscópicos e que servem para Limpar as antenas, olhos, língua e mandíbula: no segundo estão inseridas as patas medianas, que possuem um esporão cuja função é a limpeza das asas e a retirada do pólen acumulado nos cestos das patas posteriores, instaladas no terceiro segmento do tórax, e que se caracterizam pela existência das cestas de pólen, pentes e espinhos, cuja finalidade é retirar as partículas de cera elaborada pelas glândulas cerígenas alojadas no ventre.
Abdômen
O abdômen abriga a maioria dos órgãos das abelhas. Nele estão situados a vesícula melífera (que transforma o néctar em mel e ainda transporta água coletada no campo para a colméia), o estômago das abelhas (conhecido como ventrículo), seu intestino delgado, as glândulas cerígenas (responsáveis pela produção da cera), as traquéias ou espiráculos (órgãos de respiração), e órgão exclusivos dos zangões, das operárias e da rainha.
No abdômen dos zangões está localizado seu órgão reprodutor, constituído por um par de testículos, duas glândulas de muco e pênis.
Exatamente na extremidade do abdômen está situada a arma de defesa das abelhas: seu temível ferrão. Para a abelha rainha, o ferrão nada mais é do que um instrumento de orientação, que visa localizar as células dos favos onde irá ovular, ou então de defesa, utilizado para picar outra rainha, que porventura tenha nascido ao mesmo tempo, com a qual travará uma luta de vida ou morte pela hegemonia dentro da colméia. É importante frisar que a rainha só ataca outra rainha, ou melhor, só utilizará seu ferrão contra sua oponente. Outro ponto interessante é que o ferrão da rainha é liso, ou seja, após penetrar e injetar o veneno, ele volta ao seu estado normal, funcionando somente como um oviduto, o que não acontece com as operárias. Essas abelhas têm o seu ferrão com ranhuras (em forma de serrote), que após penetrar em algo mais duro, como a pele do ser humano, fica preso puxando parte dos seus órgãos internos, o que ocasiona a sua morte logo em seguida.
Assim, para as operárias, o ferrão é uma potente arma de defesa. É por meio do ferrão que as abelhas se defendem, injetando no inimigo uma toxina que, em grandes doses, pode ser fatal. Basta dizer que uma pessoa que seja picada por mais de 400 ou 500 abelhas tem morte certa. No entanto, o veneno das abelhas, em doses reduzidas e adequadamente administradas, é empregado em vários países – principalmente na Russia e Estados Unidos – no combate de doenças como o reumatismo, nevralgias, transtornos circulatórios, entre várias outras. A apiterapia já está dando uma substancial contribuição à cura e profilaxia de graves afecções.
E também no abdômen que estão localizados os órgãos de reprodução femininos : vagina, ovários (dois), espermateca (bolsa onde a rainha armazena os espermatozóides dos zangões que a fecundaram ) e a glândula de odor que tem importante papel de possibilitar a identificação entre as abelhas. É por causa deste cheiro característico que uma abelha não é aceita por uma outra colméia que não seja a sua. Cada abelha tem a sua colméia, saindo e retornando preciosamente sempre para o mesmo alvo (entrada do ninho), e também um odor todo característico. Desta forma ela nunca erra de casa, pois se isso acontecer, ela será picada e morta. Esse fato somente não ocorrerá se, na hora do pouso errado, ela estiver carregada de néctar e pólen; neste caso a abelha é muito bem recebida e integrada á família.
Finalmente, no abdômen das abelhas, ainda se localiza o coração, que comanda o aparelho circulatório, formado por vasos, pelos quais circula o sangue das abelhas, chamado hemolinfa que, diferentemente dos animais de sangue quente, é incolor e frio.
FONTE: saude animal
Comunicação e a Orientação das Abelhas
As abelhas são dotadas de processo de orientação excepcional, que é baseado, principalmente, tendo o sol como referência.
Para retornar à colméia, por exemplo, as campeiras aprendem a situar sua habilitação assim que fazem os primeiros vôos de treinamento e reconhecimento.
Nestes primeiros vôos, as campeiras aprendem a situar a disposição da colméia em relação ao sol, registrando uma posição de que jamais se esquecem. Trata-se de uma espécie de memória geográfica.
É interessante saber as abelhas possuem a rara propriedade de enxergar a luz do sol (que é seu referencial mesmo nos dias nublados e encobertos, graças à sua sensibilidade à radiação ultravioleta emitida pelo sol. As abelhas utilizam o mesmo sistema de orientação – sempre tendo o sol como referencia – para guiar suas companheiras em relação às fontes de alimento recém-descobertas.
Neste caso, quando querem informar sobre a localização e fontes de alimentos, as abelhas campeiras transmitem a informação por meio de um sistema de dança: quando a fonte de alimento está situada a menos de cem metros da colméia, a campeira executa uma dança em círculo, e, quando a fonte de alimento está localizada a mais de cem metros, a campeira dança em requebrado ou em oito.
Nas duas situações, a campeira indica a direção da fonte de alimento pelo ângulo da dança, em relação à posição do sol.
FONTES: saude animal
As abelhas e a Polinização
Polinização é o transporte do pólen dos estames de uma flor até a parte feminina de outra; deste modo, obtêm-se as sementes que produzirão uma nova planta.
Em alguns casos, o pólen é transportado pelo vento, mas há plantas que dependem dos animais, especialmente insetos, para que ocorra a polinização.
As abelhas são um dos insetos polinizadores mais importantes, já que visitam muitas flores. Quando pousam sobre uma flor, seu corpo fica coberto de pólen e, ao visitar a flor seguinte, parte do pólen se desprende, polinizando a planta.
As abelhas são muito importantes para a agricultura. Muitas das plantas que cultivamos, e sobretudo as árvores frutíferas (a pereira, a macieira, etc.), dependem dos insetos para sua polinização.
Algumas vezes, colméias artificiais são instaladas perto das plantações para favorecer a fecundação e, deste modo, contribuir para a obtenção de uma colheita mais rica e abundante.
Na figura ao lado você vê o momento em que as abelhas pousam numa flor, recolhem pólen; este se desprende durante o vôo e torna possível o nascimento de novas flores.
FONTE: saude animal
Produtos das Abelhas
Chegamos ao ponto de mais interesse para o apicultor, que trata exatamente, dos produtos das abelhas: mel, pólen, cera, geléia real, própolis e o próprio veneno. Há ainda o trabalho de polinização das abelhas que, para a produção agrícola, tem valor incomparável, do ponto de vista econômico. Pode- se dizer mesmo que, sem abelhas, não há agricultura.
O MEL
Conhecido desde a antigüidade, o mel durante muito tempo, o único produto doce usado pelo homem em sua alimentação, até ser substituído, gradualmente, por açucares refinados manufaturados, de qualidade incomparavelmente inferior, como os extraídos da cana-de-açúcar e da beterraba.
O mel é, na verdade o único produto doce que contém proteínas e diversos sais minerais e vitaminas essenciais à nossa saúde. É ainda um alimento de alto potencial energético e de conhecidas propriedades medicinais. Além disso, o mel é dos poucos alimentos de reconhecida ação antibactericida, que contém em proporções equilibradas: fermento, vitaminas, minerais, ácidos e aminoácidos.
SABOR E COLORAÇÃO DO MEL… Produto processado a partir do néctar das flores, o mel tem sua cor e sabor diretamente relacionados com a predominância da florada. Com relação à coloração, há, basicamente, os méis claros e os méis escuros. Geralmente, os méis de coloração clara apresentam sabor e aroma mais suaves e por isso mesmo, são mais apreciados. É o caso, por exemplo, do conhecido mel de flor de laranja, obtido em pomares da fruta, que tem alta cotação no mercado. No entanto, os méis de coloração escura são sais mais ricos em proteínas e sais minerais, sendo, portanto, mais ricos do ponto de vista nutritivos. Além de vitaminas e sais minerais, o mel apresenta ainda em sua constituição proteínas, enzimas, hormônios, partículas de pólen e de cera, aminoácidos, dextrinas e um grande número de ácidos que apresenta, o ph do mel (isto é, seu grau de acidez) é de 3,9.
CRISTALIZAÇÃO… Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, a maioria dos méis puros, genuínos, acaba cristalizando-se (açucarando) com o tempo.
O PÓLEN
Conhecido também como pão da abelhas, o pólen é um produto riquíssimo em proteínas, vitaminas e hormônios de crescimento, encerrando todos os elementos indispensáveis à vida dos organismos vivos. Sua importância é tal que basta dizer que, na falta de pólen, as abelhas não sobrevivem. É um produto tão perfeito que, até hoje, o homem não conseguiu elaborar um substituto que pudesse ser fornecido às abelhas.
Apesar de ser riquíssimo em vitaminas (principalmente A e P), proteínas e hormônios, o pólem ainda não é muito empregado como produto medicinal. No entanto, pesquisadores soviéticos asseguram que o pólen apresenta ação eficaz nos casos de anemia, regulariza o funcionamento dos intestinos, abre apetite, aumenta a capacidade de trabalhar, baixa a tensão arterial e aumenta a taxa de hemoglobina do sangue.
Por outro lado, pesquisadores franceses demonstraram que cobaias alimentadas com pequenas doses de pólen acusaram desenvolvimento mais rápido e acelerado ganho de peso.
O pólen pode ser indicado para:
Fortificante geral para desgaste físico e intelectual
Descongestiona a próstata, rins e fígado
Melhora a pele e fortifica os cabelos
Estimula o pâncreas, combatendo o diabetes
Favorece a virilidade e a fertilidade
Nos transtornos da gravidez e menopausa
Nas afecções orgânicas funcionais (coração, estômago, vesícula biliar e digestão)
O pólen não é remédio e sim um alimento que fortalece o organismo.
GELÉIA REAL
A geléia real é um produto natural, secretado pelas abelhas jovens e contém notáveis quantidades de proteínas, lipideos, carboidratos, vitaminas, hormonônios, enzima, substâncias minerais, fatores vitais específicos, substâncias biocatalisadoras nos processos de regeneração das células, desenvolvendo uma importante ação fisiológica. Na colmeia, é utilizada na alimentação das larvas de abelhas operárias até o terceiro dia de vida, e das larvas dos zangões.
Mas a geléia real é mais conhecida como alimento por excelência da rainha. Pode-se dizer, grosso modo, que é graças à geléia real que a abelha rainha é superior, biologicamente falando, em relação às operárias.
Para o homem a geléia real tem ação vitalizadora e estimulante do organismo, aumenta o apetite e tem comprovado efeito antigripal. Não se conhece, na biologia e medicina, outra substância com semelhante efeito sobre o crescimento, longevidade e reprodução das espécies.
PRÓPOLIS
Constituída de resinas vegetais, que as abelhas coletam de determinadas árvores, cera, pólen e ácidos e gorduras, a própolis é uma substância que as abelhas processam para fechar frestas da colmeia, soldar peças e componentes móveis da sua morada e diminuir a entrada do alvado nas épocas frias.
Seu maior interesse para o homem, no entanto, é sua ação antibiótica e anti-séptica. As abelhas empregam a própolis para impermeabilizar e envernizar as paredes da colmeia. Além disso, qualquer corpo estranho que não consiga remover para fora da colmeia- como pequenos animais mortos, camundongos , por exemplo – é encapado com uma camada de própolis, para impedir ou retardar o processo de putrefação. Desta forma, o cadáver do animal fica mumificado com a camada de própolis, e seu processo decomposição é retardado por vários anos.
Além de propriedades antibióticas, a própolis apresenta ação imunológica, anestésica, cicatrizante e antinflamatória. Comercialmente, a própolis é vendida em solução alcoólica, em concentrações variáveis. O produto tem sido testado experimentalmente, em doenças como faringites, câncer de garganta, pulmão e infecções gerais, em diferentes concentrações.
A própolis, sem dúvida, é um dos produtos apícolas de maior eficácia, quanto aos princípios ativos transmitidos da planta ao homem. Por ser um produto muito potente, largamente utilizado na Europa, URSS, Estados Unidos, mas pouco conhecido no Brasil, os estudiosos recomendam o seu uso com cautela, sem exagero e sempre com pouca constância (máximo de 90 dias) , pois a própolis possui a propriedade comprovada de um antibiótico natural. Assim, ela não deve ser usada como um profilático medicinal, apesar de não possuir contra- indicações.
O VENENO DAS ABELHAS
Apesar de ser um produto letal para o homem, quanto aplicado em grandes proporções, o veneno das abelhas é, paradoxalmente, um consagrado medicamento contra diversos distúrbios e afecções. Em países como os Estados Unidos e a União Soviética, o veneno das abelhas é um remédio popular indicado contra várias doenças. Sem dúvida, o tratamento contra o reumatismo, à base de veneno de abelha, é bastante conhecido.
Mas a apitoxina, como é conhecido o veneno, é empregada com sucesso em tratamento contra nevrites e nevralgias, afecções cutâneas, doenças oftálmicas, na redução da taxa de colesterol do sangue contra a hipertensão arterial. No Brasil, a apitoxina é praticamente desconhecida, e sua aplicação é empírica, limitando – se aos casos de reumatismo. Nos países de maior desenvolvimento na apicultura, como os citados Estados Unidos e União Soviética, a apitoxina é administrada por meio de picadas naturais das abelhas, injeções subcutâneas, pomadas, inalações e até mesmo por comprimidos.
FONTE: saude animal
Como as abelhas trazem o Alimento
Elas colhem o néctar das flores com suas compridas línguas (conhecidas também como
glossas). O produto é armazenado em sua vesícula melífera (papo de mel), que também transporta a água coletada. Quando retornam à colméia , as campeiras transferem o néctar que colheram às engenheiras, que vão retirar o excesso de umidade e transformá-lo em mel.
Além do néctar das flores, as campeiras trazem outro importante alimento para a colmeia: o pólen, conhecido como o pão das abelhas, que também é estocado nos favos. As campeiras coletam o pólen com o auxilio de suas penugens, e armazenam o material em suas cestas de pólen, situadas nas tíbias das patas traseiras.
Finalmente, as campeiras coletam a resina que será transformada em própolis com o auxilio de suas mandíbulas e penugens, que é transportada nas cestas de pólen.
FONTE: saude animal
Ciclo evolutivo das abelhas
TEMPO | OPERARIA | RAINHA | ZANGÃO |
1º ao 3º dia | Ovo | Ovo | Óvulo |
3º | Eclosão do ovo | Eclosão do ovo | Eclosão do ovo |
3º ao 8º dia | Larva | Larva | Larva |
8º | Larva | Célula operculada | Larva |
8º ao 9º dia | A célula é operculada; a larva tece o casulo | A larva tece o casulo | A célula é operculada: a larva tece o casulo |
10º ao 10º 1/2 dia | Pré-pupa | Pré-pupa | Tece o casulo |
11º dia | Pré-pupa | Pupa | Pré-pupa |
12º dia | Pupa | Pupa | Pré-pupa |
16º dia | Pupa | Inseto Adulto | Pupa |
21º dia | Inseto Adulto | – | – |
24º dia | – | – | Inseto Adulto |
1º ao 3º dia | Incubação e limpeza | Rainha Jovem | Vive só para colméia |
4º dia | Começa a alimentar as larvas | Rainha Jovem | Vôos para fora |
5º dia | Alimenta as larvas | Vôo nupcial | Procura rainha para fecundar |
5º ao 6º dia | Alimenta as larvas jovens, produz geléia real faz os primeiros vôos para fora | A rainha é alimentada | Procura rainha para fecundar |
8º ao 12º dia | Produz geléia real, produz cera, faz os 1ºs vôos de reconhecimento | A rainha começa engordar | Se acasalar, morre |
13º ao 19º dia | Trabalhos de campeira | Incia a postura | Se acasalar, morre |
21º ao 30º dia | Campweira | Põe ovos | Se acasalar, morre |
31º dia | Campeira | Põe ovos | Morre |
31º ao 45º dia | Coleta pólen e néctar | Põe ovos | – |
55º dia | Morre | Põe ovos | – |
720º – 1450 | – | Pode voar com todas as abelhas mais velhas, no porcesso de enxameação. Morre | – |
FONTE: saude animal
As Operárias
A abelha operária é responsável por todo o trabalho realizado no interior da colméia. As abelhas operárias encarregam-se da higiene da colméia, garantem o alimento e a água de que a colônia necessita coletando pólen e néctar, produzem a cera, com a qual constroem os favos, alimentam a rainha, os zangões e as larvas por nascer e cuidam da defesa da família.
Além destas atividades, as operárias ainda mantêm uma temperatura estável, entre 33º e 36ºc, no interior da colméia, produzem e estocam o mel que assegura a alimentação da colônia, aquecem as larvas (crias) com o próprio corpo em dias frios e elaboram a propelis, substância processada a partir de resinas vegetais, utilizadas para desinfetar favos e paredes, vedar frestas e fixar peças.
Resumidamente, as operárias respondem por todo trabalho empreendido na colméia. Elas nascem 21 dias após a postura do ovo e podem viver até seis meses, em situações excepcionais de pouca atividade. O seu ciclo de vida normal não ultrapassa os 60 dias.
Mas apesar de curta, a vida das operárias é das mais intensas. E esta atividade já começa momentos após seu nascimento, quando ela executa o trabalho de faxina, limpando alvéolos, assoalho e paredes da colméia. Daí a denominação de faxineira. A partir do quarto dia de vida, a operária começa a trabalhar na cozinha da colméia: com desenvolvimento de suas glândulas hipofaríngeas, ela passa a alimentar as larvas da colônia e sua rainha.
Chamadas neste período de sua vida, que vai do quarto ao 14º dia, de nutrizes, essas abelhas ingerem pólen, mel e água, misturando estes ingredientes em seu estômago. Em seguida, esta mistura, que passou por uma série de transformações químicas, é regurgitada nos alvéolos em que existam larvas. Esta mistura servirá de alimento às abelhas por nascer. E com o desenvolvimento das glândulas hipofaríngeas, produtoras geléia real, as operárias passam a alimentar também a rainha, que se alimenta exclusivamente desta substância. Também são chamadas de amas.
De nutrizes, as operárias são promovidas a engenheiras, a partir do desenvolvimento de suas glândulas cerígenas, o que acontece por volta do seu nono dia de vida. Com a cera produzida por estas glândulas cerígenas, o que acontece por estas glândulas, as abelhas engenheiras constroem os favos e paredes da colméia e aperculam, isto é, fecham as células que contêm mel maduro ou larvas. Além deste trabalho, estas abelhas passam a produzir mel, transformando o néctar das flores que é trazido por suas companheiras. Até esta fase, as operárias não voam.
A partir do 21º dia de vida, as operárias passam por nova transformação: elas abandonam os trabalhos internos na colméia e se dedicam à coleta de água, néctar, pólen e própolis, e a defesa da colônia. Nesta fase, que é a última de sua existência, as operárias são conhecidas como campeiras.
IDADE | FUNÇÕES |
1 a 3 dias | Faxineiras: fazem a limpeza e reforma, polindo os alvéolos. |
3 a 7 dias | Nutrizes: alimentam com mel e pólen as larvas com mais de 3 dias. |
7 a 14 dias | Alimentam as larvas com idade inferior a 3 dias com geléia real. Também neste período, algumas cuidam da rainha. São Chamadas de amas. |
12 a 18 dias | Fazem limpeza do lixo da colméia. |
14 a 20 dias | Engenheiras: segregam a cera e constroem os favos. |
18 a 20 dias | Guardas: defendem a colméia contra inimigos e contra o apicultor desprevinido. |
21 dias em diante | Operárias ou campeiras trazem néctar, pólen, água e própolis, até a morte. |
FONTE: saude animal
Os Zangões
A única função dos zangões é a fecundação das rainhas virgens. O zangão é o único macho da colméia, não possui ferrão e, nasce de ovos não fecundados depositados pela rainha.
Por não possuir órgãos de trabalho, o zangão não faz outra coisa a não ser voar à procura de uma rainha virgem para fecundá-la.
Os zangões nascem 24 dias após a postura do ovo e atingem a maturidade sexual aos 12 dias de vida. Vivem de 80 a 90 dias e dependem única e exclusivamente das abelhas operárias para sobreviver: são alimentados por elas, e por elas são expulsos da colméia nos períodos de falta de alimento – normalmente no outono e no inverno – morrendo de fome e frio.
Quase duas vezes maiores do que as operárias, a presença de zangões numa colméia é sinal de que a colônia está em franco desenvolvimento e de que há alimento em abundância.
Apesar de não possuir órgães de defesa ou de trabalho, o zangão é dotado de aparelhos sensitivos excepcionais: pode identificar, pelo olfato ou pela visão, rainhas virgens a dez quilômetros de distâncias.
Os zangões costumam agrupar-se em determinados pontos próximos às colméias onde ficam a espera de rainhas virgens. Quando descobrem a princesa partem todos em perseguição à rainha, para copular em pleno vôo, o que acontece sempre acima dos 11 metros de altura. No vôo nupcial, uma média de oito a dez zangões conseguem realizar a façanha – exatamente os mais fortes e vigorosos. Mas eles pagam um preço alto pela proeza: após a cópula, seu órgão genital é rompido, ficando preso a câmara do ferrão da rainha. Logo após, o zangão morre.
FONTE: saude animal
A Rainha e o Vôo Nupcial A rainha é a personagem central e mais importante da colméia. Afinal, é dela que depende a harmonia dos trabalhos da colônia, bem como a reprodução da espécie.
A rainha é quase duas vezes maior que as operárias e vive cerca de 3 a 6 anos. No entanto, a partir do terceiro e quarto ano a sua fecundidade decai. A sua única função, do ponto de vista biológico, é a postura de ovos, já que ela é a única abelha feminina com capacidade de reprodução. Mas a abelha rainha desempenha um importante papel do ponto de vista social: Ela é a responsável pela manutenção do chamado ‘Espírito da colméia’, ou seja, pela harmonia e ordenação dos trabalhos da colônia. Ela consegue manter este estado de harmonia produzindo uma substância especial denominada ferormônio, a partir de suas glândulas mandibulares, que é distribuída a todas as abelhas da colméia. Esta substância, além de informar a colônia da presença e atividade da rainha na colméia, impede o desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos das operárias impossibilitando-as, assim, de se reproduzirem. É por essa razão que uma colônia tem sempre uma única rainha. Caso apareça outra rainha na colméia, ambas lutarão até que uma delas morra.
Na verdade, a rainha nada mais é do que uma operária que atingiu a maturidade sexual. Ela nasce de um ovo fecundado, e é criada numa célula especial, diferente dos alvéolos hexagonais que formam os favos. A rainha é criada numa cápsula denominada realeira, na qual é alimentada pelas operárias com a geléia real, produto riquíssimo em proteínas, vitaminas e hormônios sexuais. É precisamente, esta “superalimentação” que a tornará uma rainha diferenciando-a das operárias. A geléia é o único e exclusivo alimento da abelha rainha, durante toda sua vida.
A abelha rainha leva de 15 a 16 dias para nascer e, a partir de então, é acompanhada por um verdadeiro séquito de operárias, encarregadas de garantir sua alimentação e seu bem-estar. Após o quinto dia de vida, a rainha começa a fazer vôos de reconhecimento em torno da colméia. E a partir do nono dia, ela já esta preparada para realizar o seu vôo nupcial, quando, então, será fecundada pelos zangões. A rainha escolhe dias quentes e ensolarados, sem ventos fortes, para realizar o vôo nupcial.
O Vôo Nupcial
Somente os zangões mais fortes e rápidos conseguem alcança-la após detectar o ferormônio. Localizada a “princesa”, dá-se início à cópula. No entanto, os vários zangões que conseguirem a façanha terão morte certa e rápida, pois seus órgãos genitais ficarão presos no corpo da rainha, que continuará a copular com quantos zangões forem necessários para encher a sua *espermoteca, em média a rainha é fecundada por 6 a 8 zangões. Este sêmen, coletado durante o vôo nupcial, será o mesmo durante toda sua vida. Nesta fase a rainha fica na condição de *hermafrodita.
O vôo nupcial que a rainha faz é o único em sua vida. Ela jamais sairá novamente da colméia, a não ser para acompanhar parte de um enxame que abandona uma colméia, para formar uma nova. Ao regressar de seu vôo nupcial, a rainha se apresenta bem maior e mais pesada. Passará a ser tratada com atenção especial por parte das operárias, que a alimentam com a geléia real e cuidam de sua higiene. Se a jovem rainha é, por exemplo, devorada por um pássaro durante seu vôo nupcial, sua colméia de origem fica irremediavelmente fadada à extinção.
Uma ocasião grave é quando elas percebem que a mãe de todas já não tem a mesma energia. Sendo uma família forte, decididamente não se permite enfraquecer. Então concluem que é hora de chamar à vida uma nova rainha. Numa colméia forte sempre há realeiras em construção: é uma questão de sobrevivência no caso de algum acidente acontecer com a mestra. Sendo esta, porém, prolífica, não é permitido a estas realeiras desenvolverem-se normalmente – a não ser nestas ocasiões especiais. Neste caso, uma rainha cuja energia se acaba é sinal para as realeiras seguirem seu curso. Tendo garantida uma ou mais princesas em formação, é necessário eliminar a velha mãe. Uma abelha comum nunca ferroa uma rainha; ela sequer lhe dá as costas. Assim elas são obrigadas a usar uma tática “sutil”. Formam uma bola em torno da idosa senhora e ali a vão sufocando até a morte; e a rainha, compreendendo sua sina, não procura resistir. Terminada esta etapa, começam a nascer as novas princesas. Só pode haver uma rainha na colméia, e a primeira que emerge logo procura as outras realeiras para as destruir. Se duas nascem simultaneamente, lutam entre si, e vence a mais forte. A única sobrevivente segue seu curso normal para se tornar mais uma rainha completa. É interessante que neste momento toda uma família dependa de um único indivíduo para sua sobrevivência.
Outra situação diferente é quando a colméia se torna pequena para a população de abelhas, não há mais espaço para trabalhar. Um grupo de operárias começa a construir várias realeiras onde a rainha é levada a depositar ovos fecundados. Passado o período normal de incubação a primeira princesa nasce, e seu instinto básico força-a a tentar destruir as outras realeiras ainda não abertas.
A rainha também não aceita a presença da princesa, mas as operárias já decidiram que outras princesas devem nascer, e o objetivo não é substituir a mestra, e sim dividir a família em um ou mais enxames; portanto não permitem as lutas naturais.
Depois que as princesas nascem, um grupo de operárias dirige-se aos reservatórios de mel e enchem seus estômagos até não caber mais uma gota. Este grupo, normalmente bem numeroso, prepara-se para partir. Por algum mecanismo desconhecido convocam a rainha para a viagem. Logo sai da colméia uma nuvem de abelhas, a rainha entre elas, e alguns zangões. O enxame não vai muito longe. Pousa em alguma árvore ali por perto, e algumas abelhas mais experientes, na qualidade de escoteiras, partem em busca de um novo local para habitar.
Quando as abelhas escoteiras retornam, há um “conselho” para decidir qual o rumo a tomar. Uma vez tomada a decisão elas partem para um vôo mais longo. O enxame pode ainda parar outras vezes. Às vezes o local escolhido não agrada ao grupo, que então aguarda por ali, para que nova pesquisa seja feita. Se um apicultor tentar colocar este “enxame voador” em uma caixa, ele poderá ou não aceitar a morada, dependendo das informações trazidas pelas escoteiras.
Enquanto isso, a colméia-mãe pode decidir por lançar outros enxames, desta vez acompanhados por rainhas virgens, ou ficar como está. Esses enxames posteriores ao primeiro em geral são menos numerosos e têm menos condições de sobreviver. É muito comum a colméia-mãe ficar com reduzido contingente de abelhas, chegando aos limites de uma extinção, ainda mais que contam com apenas uma chance de rainha, baseada numa das princesas que ficou.
Quando o grupo encontra o lugar adequado, começa a construção do novo ninho. As abelhas engenheiras escolhem então o ponto mais central do que puder ser chamado de teto; ali formam um bolo compacto e começam a gerar calor usando a reserva de mel que trouxeram no papo. As abelhas que ficaram no centro da bola encarregam-se de produzir cera, e logo é possível visualizar uma fina folha de cera vertical se formando. Em seguida algumas abelhas iniciam a construção dos alvéolos hexagonais, de ambos os lados da lâmina, seguindo uma intricada arquitetura que aproveita todos os espaços e ângulos da melhor maneira possível. Os alvéolos são construídos de forma a terem uma leve inclinação para cima, evitando que o seu conteúdo escorra para fora.
É fascinante observar as abelhas construírem os favos. Encostam-se umas às outras pelas patas e começam a secretar e mastigar pequenas escamas de cera; pouco depois as colocam e amoldam até completar o favo (de cima para baixo).
Como nascem as Abelhas
Três dias depois de ser fecundada a abelha rainha começa a desovar, botando um ovo em cada alvéolo. Uma rainha pode botar cerca de três mil ovos por dia. Durante o seu ciclo, as abelhas passam por quatro etapas muito diferenciadas:
- Ovo.
- Larva.
- Ninfa.
- Adulto.
Assim como as borboletas, sofrem uma METAMORFOSE, as larvas são muito diferentes dos adultos e seu corpo sofre mudanças muito importantes durante seu desenvolvimento.
Os ovos são formados nos dois ovários da rainha e, ao passarem pelo oviduto, podem ou não ser fertilizados pelos espermatozóides armazenados darão na espermática. Os ovos são fertilizados darão origem a abelhas operárias e dos não fertilizados nascerão zangões. Este fenômeno – do nascimento dos zangões a partir de ovos não fecundados – é conhecido cientificamente como partenogênese. Portanto, o zangão nasce sempre puro de raça, por originar – se de ovo não fecundado.
É interessante saber como a rainha determina quais os ovos que serão fertilizados, ou seja, darão origem a operárias, e quais os que originarão zangões. O processo se dá seguinte forma: as abelhas constroem alvéolos de dois tamanhos: um menor, destinado a criação de larvas de operárias, e outro maior, onde nascerão os zangões. Antes de ovular, a abelha rainha mede as dimensões do alvéolo com suas patas dianteiras. Constatando ser um alvéolo de operária, a rainha, ao introduzir seu abdômen para realizar a postura, comprime sua esperance, liberando, assim, espermatozóides que irão fecundar o ovo que será depositado no alvéolo. Caso a rainha verifique que o alvéolo é destinado a zangões, ela simplesmente introduz o abdômen no alvéolo, sem comprimir sua espermática, depositando assim um ovo não fecundado.
É importante que o apicultor saiba destas diferenças porque, caso o lote de esperma presente na espermática da rainha se esgote, todas as abelhas nascerão de ovos não fecundados, dando origem, portanto, a zangões, unicamente. Neste caso, o apicultor deverá substituir imediatamente sua rainha, para evitar que a colônia desapareça, pela falta de operárias, que garantem alimentação, higiene e demais serviços da colméia.
FONTE: saude animal
Os indivíduos adultos se alimentam geralmente de néctar e são os mais importantes agentes de polinização. As abelhas polinizam flores de cores monótonas, escuras e pardacentas (todos os tipos de flores).
Uma abelha visita dez flores por minuto em busca de pólen e do néctar. Ela faz, em média, quarenta voos diários, tocando em 40 mil flores. Com a língua, as abelhas recolhem o néctar do fundo de cada flor e guardam-no numa bolsa localizada na garganta. Depois voltam à colmeia e o néctar vai passando de abelha em abelha. Desse modo a água que ele contém se evapora, ele engrossa e se transforma em mel. A maioria das abelhas transporta uma carga eletrostática, que ajuda-as na aderência ao pólen.
A abelha tem cinco olhos. São três pequenos no topo da cabeça e dois olhos compostos, maiores, na frente.
Uma abelha produz cinco gramas de mel por ano, para produzir um quilo de mel, as abelhas precisam visitar 5 milhões de flores e consomem cerca de 6 a 7 gramas de mel para produzirem 1 grama de cera.
Uma colmeia abriga de 60 a 80 mil abelhas. Tem uma rainha, cerca de 400 zangões e milhares de operárias. Se nascem duas ou mais rainhas ao mesmo tempo, elas lutam até que uma morra. A abelha-rainha vive até 5 anos, enquanto as operárias vivem de 28 a 48 dias.
Apenas as abelhas fêmeas trabalham. Os machos podem entrar em qualquer colmeia ao contrário das fêmeas. A única missão dos machos é fecundar a rainha. A rainha voa o mais que pode e é fecundada pelo macho que conseguir ir até ela, esse voo se chama: voo nupcial. Depois de cumprirem essa missão, eles não são mais aceitos na colmeia. No fim do verão, ou quando existe pouco mel na colmeia, as operárias fecham a porta da colmeia e deixam os machos morrerem ao frio e à fome e trituram e expulsam os que ficarem.
Anatomia
Pernas
A abelha, como todo o inseto, tem três pares de patas. Utiliza o primeiro para limpar as antenas, protegendo-as da poeira. O segundo serve de apoio para o seu corpo, e o terceiro par, chamado de patas coletoras, serve para mover pólen. Na tuba das patas coletoras fica o lavatório para o óleo: corbícula, espécie de pote. Ainda no terceiro par, fica o “escorpião”, com o qual a abelha recolhe o pólen e, trocando as patas, deposita-o com o centro na corbícula direita e, com a direita na corbícula central.
Língua
A língua, ou lígula move-se num canal formado pelas maxilas e os palpos labiais, terminando num tufo de pêlos que, como uma esponja, absorve o néctar da flor.
Mandíbula e maxilar
São órgãos responsáveis por amassar as escamas de cera que a abelha expele do abdômen, utilizadas depois para construir os favos. Têm também a função de abrir as anteras das flores para extrair o pólen, varrer a colmeia e mutilar os inimigos.
Antenas
Órgãos do olfato e do tato são extremamente sensíveis. As abelhas, farejando com as antenas na escuridão, são capazes de construir favos perfeitamente geométricos.
Ferrão
O ferrão serve para injetar o caule no corpo do inimigo. Na fuga a abelha operária, quase sempre, deixa o ferrão na vítima, que é ligado ao abdomem da mesma, correndo certo risco de que na fuga deixe além de seu ferrão partes de seu abdomem, isso acontece em boa parte dos casos que o ferrão fica na vítima, a abelha acaba morrendo de 15 minutos a meia hora depois por isso.
Abdômen e tórax
São os órgãos que contém os aparelhos: digestivo (tubo faringiano, o esôfago e o estômago ou papo); o circulatório e o respiratório (o sangue é incolor e circula com as contrações do coração, pela aorta e pelo vaso dorsal. Há ainda os estigmas – orifícios por onde respiram os insetos.); o aparelho de reprodução masculino (os órgãos sexuais masculinos terminam na face dorsal do penúltimo anel da crosta) e o feminino (um par de ovários, um oviduto e um receptáculo seminal).
Órgãos da visão
Os olhos compostos são dois grandes olhos localizados na parte lateral da cabeça. São formados por estruturas menores denominadas omatídeos, cujo número varia de acordo com a casta, sendo bem mais numerosos nos zangões do que em operárias e rainhas (Dade, 1994). Possuem função de percepção de luz, cores e movimentos. As abelhas não conseguem perceber a cor vermelha, mas podem perceber ultravioleta, azul-violeta, azul, verde, amarelo e laranja (Nogueira Couto & Couto, 2002). Os olhos compostos – um de cada lado da cabeça de superfície hexagonal, permite uma visão panorâmica dos objetos afastados, aumentando-os 60 vezes.
Os olhos simples ou ocelos são estruturas menores, em número de três, localizadas na região frontal da cabeça formando um triângulo. Não formam imagens. Têm como função detectar a intensidade luminosa.
Asas
As asas são formadas por duas membranas superpostas, reforçadas por nervuras ramificadas. Os pares de trás são menores e munidos de ganchinhos, com os quais a abelha, durante o voo, prende as duas asas formando uma só.
Sistema de defesa
A abelha operária (ou obreira), preocupada com sua própria sobrevivência e encarregada da proteção da colmeia como um todo, tem um ferrão na parte traseira para ataque em situações de suposto perigo. Esse ferrão tem pequenas farpas, o que impede que seja retirado com facilidade da pele humana.
Quando uma abelha se sente ameaçada, ela utiliza o ferrão no animal que estiver por perto. Depois de dar a ferroada, ela tenta escapar e, por causa das farpas, a parte posterior do abdômen onde se localiza o ferrão na maioria das vezes fica presa na pele do animal e, em alguns casos, a abelha perde uma parte do intestino, morrendo logo em seguida. Já ao picar insetos, a abelha muitas vezes consegue retirar as farpas da vítima e ainda sobreviver.
Os orgãos prejudicados das abelhas em caso de o ferrão ficar preso na vitima e levar orgãos juntos variam de intestino até o coração.
A ferroada da abelha no ser humano é muito dolorosa, e a sensação instantânea é semelhante a de levar um choque de alta voltagem. Seu ferrão é unido a um sistema venenoso que faz com que a pele da vítima inche levemente na região (cerca de 2 cm ao redor), podendo ficar avermelhada, dolorida e coçando por até dois dias.
Apesar disso, o veneno (baseado em Apitoxina) não causa maiores danos. Esse veneno é produzido por uma glândula de secreção ácida e outra de secreção alcalina embutidas dentro do abdômen da abelha operária. O veneno, em concentração visível, é semi-transparente, de sabor amargo e com um forte odor. Pode ser usado eventualmente com valor terapêutico e tem alguns efeitos positivos na região em que foi injetado. O veneno pode ser também um perigo grave ou mortal em grande quantidade para quem é alérgico à sua composição.
A vida das abelhas
As abelhas são insectos que vivem em sociedades heterotípicas (com distinção de funções dentro da sociedade). Elas são conhecidas há mais de 40.000 anos e as que mais se prestam para a polinização, ajudando enormemente a agricultura, produção de mel, geleia real, cera e própolis, são as abelhas pertencentes ao gênero Apis.
Inseto laborioso, disciplinado, a abelha convive num sistema de extraordinária organização: em cada colmeia existem cerca de 80.000 abelhas e cada colônia é constituída por uma única rainha, cerca de 400 zangões.
Abelha-rainha
A rainha é personagem central e mais importante da sociedade. Seu tamanho é quase duas vezes maior do que o das operárias, e sua única função do ponto de vista biológico é a postura de ovos e manter a ordem na colmeia usando feromonios que só ela possui. Única fêmea com capacidade de reprodução, a rainha nasce de um ovo fecundado, e é criada numa célula especial – diferente dos alvéolos hexagonais que formam os favos – uma cápsula denominada realeira, na qual é alimentada pelas operárias com a geleia real, produto riquíssimo em proteínas, vitaminas e hormônios sexuais. A geleia real é o alimento único e exclusivo da abelha-rainha, durante toda sua vida. A partir do nono dia, ela já está preparada para realizar o seu voo nupcial, quando será fecundada pelos zangões. Caso apareça outra rainha na colmeia, ambas lutarão até que uma delas morra.
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Abelha
A VIDA DAS ABELHAS
As abelhas são insetos sociais que vivem em colônias. Elas são conhecidas há mais de 40.000 anos e as que mais se prestam para a polinização, ajudando enormemente a agricultura, produção de mel, geléia real, cera, própolis e pólen, são as abelhas pertencentes ao gênero Apis.
Inseto laborioso, disciplinado, a abelha convive num sistema de extraordinária organização: em cada colméia existem cerca de 80.000 abelhas e cada colônia é constituída por uma única rainha, dezenas de zangões e milhares de operárias.
ABELHA RAINHA
A rainha é personagem central e mais importante da colméia. Afinal, é dela que depende a harmonia dos trabalhos da colméia, bem como a reprodução da espécie.
A rainha é quase duas vezes maior do que as operárias e sua única função do ponto de vista biológico, é a postura de ovos, já ela é a única abelha feminina com capacidade de reprodução
A rainha consegue manter este estado de harmonia segregando uma substancia especial, denominada ferormônio, a partir de suas glândulas mandibulares, que é distribuída a todas as abelhas da colméia. Esta substância, além de informar a colônia da presença e atividade da rainha na colméia, impede o desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos das operárias, impossibilitando-as, assim de se reproduzirem. É por esta razão que uma colônia tem sempre uma única rainha. Caso apareça outra rainha na colméia ambas lutarão até que uma delas morra.
A rainha nasce de um ovo fecundado, e é criada numa célula especial, diferente dos alvéolos hexagonais que formam os favos. Ela é criada numa cápsula denominada realeira, na qual é alimentada pelas operárias com a geléia real, produto riquíssimo em proteínas, vitaminas e hormônios sexuais. A geléia real é o único e exclusivo alimento da abelha rainha, durante toda sua vida.
A abelha rainha leva de 15 a 16 dias para nascer e, a partir de então, é acompanhada por um verdadeiro séqüito de operárias, encarregadas de garantir sua alimentação e seu bem-estar. Após o quinto dia de vida, a rainha começa a fazer vôos de reconhecimento em torno da colméia. E a partir do nono dia, ela já esta preparada para realizar o seu vôo nupcial, quando, então, será fecundada pelos zangões. A rainha escolhe dias quentes e ensolarados, sem ventos fortes, para realizar vôo nupcial.
Para atrair os zangões de todas as colméias próximas, a rainha libera em pleno vôo, um ferormônio sexual que é captado pelos machos a quilômetros de distância, e como voa em alta velocidade e grandes altitudes, a maioria dos zangões não consegue acompanha-la. Assim, ela faz uma seleção natural, pois somente os machos mais fortes e rápidos conseguem segui-la.
Quando finalmente os zangões conseguem alcança-la, há o momento da cópula nupcial, onde a rainha prende o testículo do zangão, que morre gloriosamente após fecunda-la… E aí esta o grande segredo da rainha, pois ela recebe milhões de espermatozóides do zangão que ficarão em um reservatório de sêmen de seu organismo, chamado espermateca. Nesta fase a rainha fica na condição de hermafrodita (fêmea e macho ao mesmo tempo) fecundada para o resto de sua vida. Ela poderá, excepcionalmente, nesta época de fecundação, realizar outros vôos nupciais, caso a sua espermateca não esteja completamente lotada.
O Vôo nupcial que a rainha faz é o único em sua vida. Ela jamais sairá novamente da colméia, a não ser para acompanhar uma enxameação, isto é, parte de um enxame que abandona uma colméia, para formar uma nova colônia.
Ao retornar à colméia, a rainha passa a ser tratada com atenção especial por parte das operárias, que a alimentam com geléia real, limpam seus excrementos, cuidam de sua higiene. Assim, ela sua única preocupação e a postura de ovos, para nascerem mais abelhas. Em condições favoráveis de clima e alimento (Florada), uma rainha pode botar cerca de três mil ovos por dia.
Caso a rainha morra ou seja removida da colméia, toda a colônia imediatamente perceberá sua ausência, justamente pela interrupção da produção do ferormônio que induz as abelhas ao trabalho e que informa da presença da rainha na colméia.
ABELHA ZANGÃO
Se a rainha tem como única obrigação à postura de ovos, a única função dos zangões é a fecundação das rainhas virgens. O zangão é o único macho da colméia, não possui ferrão e, nasce dos ovos fecundados depositados pela rainha num alvéolo maior que os das abelhas operárias.
Por não possuir órgãos de trabalho, o zangão não faz outra coisa a não ser voar à procura de uma rainha virgem para fecunda-la.
Os zangões nascem 24 dias após a postura do ovo e atingem a maturidade sexual azo 12 dias de vida. Vivem de 80 a 90 dias e dependem única e exclusivamente das abelhas operárias para sobreviver: são alimentados por elas, e por elas são expulsos da colméia nos períodos de falta de alimento – normalmente no outono e no inverno – morrendo de fome ou frio.
Quase duas vezes maiores do que as operárias, a presença de zangões numa colméia é sinal de que há alimento em abundância, ou se muito MEL.
Apesar de não possuir órgãos de ataque, defesa ou de trabalho, o zangão é dotado de aparelhos sensitivos excepcionais: podem identificar, pelo olfato ou pela visão, rainhas virgens a dez quilômetros de distância.
Os zangões costumam agrupar-se em determinados locais próximos às colméias, onde ficam à espera de rainha virgens. Quando descobrem a “princesa”, partem todos em perseguição à rainha, para copular em pleno vôo, o que acontece sempre acima dos 11 metros de altura. No vôo nupcial, uma média de oito a dez zangões conseguem realizar a cópula, ou seja os mais fortes e Vigorosos. Eles pagam um preço muito alto pela proeza: após a cópula, seu órgão genital é rompido, ficando preso à câmara do ferrão da rainha. Logo após, o zangão morre.
ABELHA OPERÁRIA
A abelha operária é uma verdadeira “carregadora de piano”. Afinal ela é responsável por todo trabalho realizado no interior da colméia, exceção feita à postura de ovos, atividade exclusiva da rainha. As abelhas operárias encarregam-se da higiene da colméia, garantem o alimento e a água de que a colônia necessita, coletando pólen e néctar, produzem a cera com a qual constroem os favos, alimentam a rainha, os zangões e as larvas por nascer e cuidam da defesa da família. Além destas atividades, as operárias ainda mantêm uma temperatura estável, entre 33º e 36ºC, no interior da colméia, produzem e estocam o MEL que assegura a alimentação da colônia, aquecem as larvas (crias) com o próprio corpo em dias frios e elaboram a PRÓPOLIS, substância processada a partir de resinas vegetais, utilizadas para desinfetar favos, paredes , vedar frestas e fixar peças, na colméia.
As abelhas operárias nascem 21 dias após a postura do ovo e podem viver até seis meses, em situações excepcionais de pouca atividade. O seu ciclo de vida normal não ultrapassa os 60 dias.
Mas apesar de curta, a vida das operárias é das mais intensas. E esta atividade já começa momentos após seu nascimento, quando ela executa o trabalho de faxina, limpando, alvéolos, assoalho e paredes da colméia. Daí a denominação de faxineira. A partir do quarto dia de vida, a operária começa a trabalhar na “cozinha” da colméia com o desenvolvimento de suas glândulas hipofaríngeas, ela passa a alimentar as larvas da colméia e sua RAINHA. Chamadas neste período de sua vida, que vai do 4º ao 14º dia, de nutrizes, essas abelhas ingerem pólen, mel e água, misturando estes ingredientes em seu estômago. Em seguida, esta mistura que passou por uma série de transformações químicas, é regurgitada nos alvéolos em que existam larvas. Esta mistura servirá de alimento às abelhas por nascer.E, com o desenvolvimento das glândulas hipofaríngeas, produtoras de geléia real, as operárias passam a alimentar também a RAINHA, que se alimenta exclusivamente desta substância.
De nutrizes, as operárias são promovidas a engenheiras, a partir do desenvolvimento de suas glândulas cerígenas, o que acontece por volta do seu nono dia de vida. Com a cera produzida por estas glândulas, as abelhas engenheiras constroem os favos e paredes da colméia e operculam, isto é, fecham as células que contêm MEL maduro ou larvas. Além deste trabalho, estas abelhas passam a produzir Mel, transformando o néctar das flores que é trazido por suas companheiras. Até esta fase, as operárias não voam, e ficam somente na colméia.
A partir do 21º dia de vida, as operárias passam por nova transformação: elas abandonam os trabalhos internos na colméia e se dedicam à coleta de água, néctar, pólen e própolis, e à defesa da colônia. Nesta fase, que é a última de sua existência, as operárias são conhecidas como campeiras.
FONTE: http://www.angelfire.com/wy/shangrila/vida.html
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