PERIODIZAÇÃO DA PRÉ-HISTÓRIA
Baseada numa visão evolucionista do processo histórico.
· Paleolítico
· Neolítico
· Idade dos Metais
PALEOLÍTICO OU IDADE DA PEDRA LASCADA –(2 milhões de anos até aprox 10.000 a.C)
Por viver da caça e da coleta o homem era nômade e vivia coletivamente.
Nessa época ocorreu uma importante evolução física no homem, surgiram os primeiros homens modernos, isto é, da espécie Homo sapiens, acompanhada de evolução cultural, que dura até os nossos dias.
– regime de comunidade primitiva
– atividades econômicas: caça, pesca e coleta de frutos, raízes e ovos.
– instrumentos rudimentares feitos de ossos, madeiras ou lascas de pedra (sílex): raspadores, furadores.
– nomadismo.
– habitação: cavernas, copa de árvores ou choças feitas de galhos.
– propriedade coletiva das terras, águas e bosques.
– pintura rupestre.
– sepultamento dos corpos.
– usa traje de pele para se abrigar do frio.
– usa o fogo para cozimento de alimentos e defesa contra animais
NEOLÍTICO OU IDADE DA PEDRA POLIDA-(Aprox 10.000 – 4.000 a.C)
Pode chamar de abraço eterno. Arqueólogos na Itália descobriram um casal enterrado entre 5.000 e 6.000 anos atrás, se abraçando. Quase certamente um homem e uma mulher, embora ainda não tenha sido confirmado, morreram jovens, porque suas arcadas dentárias estavam quase inteiramente intactas e não estavam gastas.
Ocorreram grandes transformações no clima e na vegetação. O continente europeu passou a contar com temperaturas mais amenas e observamos a formação do Deserto do Saara, na África.
As práticas da caça e da coleta se tornaram opções cada vez mais difíceis. A agricultura e o conseqüente processo de sedentarização do homem se estabeleceram gradualmente. Além disso, a domesticação animal se tornou uma prática usual. A estabilidade obtida por essas novas técnicas de domínio da natureza e dos animais também possibilitou a formação de grandes aglomerados populacionais.
– Melhoria nas habitações: o homem sai das cavernas e mora em casas (paliçadas e palafitas) construídas por ele, formando aldeias
– Utilizou o barro para fazer potes e jarros de cerâmica
– Fez jangadas, canoas e barcos e navegou pelos mares.
– Melhorou os trajes com os teares manuais que faziam roupas de fibras vegetais (linho) e lã.
– Fixou-se na terra e desenvolveu a agricultura, inclusive com o arado de tração animal. Muitas tarefas agrícolas ficaram ao cargo das mulheres, enquanto os homens se dedicavam à caça, à pesca e às tarefas pesadas.
– Dedicou-se à domesticação de animais para a alimentação e transporte.
– Com a invenção da roda apareceram carroças rudimentares.
– Manifestação de religião primitiva baseada nos fenômenos da natureza.
– Aparecem monumentos e construções com grandes pedras, provavelmente por motivos religiosos.
– Com a revolução agrária o homem tornou-se sedentário.
– Teve início a transição do coletivismo para o individualismo.
– Agrupados em comunidades, firmaram os rudimentos das trocas das propriedades e da urbanidade.
-Revolução Neolítica ou Agrícola: cultivo de plantas
– importância da mulher.
– aumento da população.
IDADE DOS METAIS -(aprox 5.500 a 3.500 a.C)
É o último período da Pré-História e compreende os 2 últimos milênios antes do surgimento da escrita, em 3.500 a.C. É caracterizada pela substituição das ferramentas de pedra por aquelas de metal. O 1º metal utilizado foi o cobre; posteriormente, através da mistura do cobre e do estanho, o homem obteve o bronze, utilizado para fazer armas mais poderosas; finalmente, passou a utilizar o ferro em 1500 a.C.
Através do domínio de técnicas de fundição, o homem teve condições de criar instrumentos mais eficazes para o cultivo agrícola, derrubada de florestas e a prática da caça. Além disso, o domínio sobre os metais teve influência nas disputas entre as comunidades que competiam pelo controle das melhores pastagens e áreas férteis. Assim, as primeiras guerras e o processo de dominação de uma comunidade sobre outra contou com o desenvolvimento de armas de metal.
– As aldeias agrícolas crescem e dão lugar aos centros urbanos com vários melhoramentos. Vão surgindo cidades-estados e pequenos reinos com poder centralizado, gerando aumento da população.
– Surgem novas armas, mais poderosas, o que permitiu a alguns reinos dominarem outros pela guerra, formando-se assim os primeiros impérios com a presença de escravos.
– As novas civilizações procuram-se desenvolver-se perto dos grandes rios e vales.
– agricultura tomou impulso com novas técnicas (drenagem, irrigação) e novos instrumentos.
– aparece o comércio (à base de trocas), a navegação progride com barcos a vela.
– aparecimento das classes sociais e da produção destinada a troca e não somente ao consumo pessoal.
– desigualdade social.
– propriedade privada.
– Estado.
– Civilização: sociedades baseadas no regime de servidão coletiva, de Estado absoluto (sociedades asiáticas: Egito e Mesopotâmia); e sociedades escravistas (Grécia e Roma).
………………………………………………………………………………………………………………………………………….
PERIODIZAÇÃO DA HISTÓRIA
A periodização tradicional ou cronológica da História, começou a ser utilizada no século XVIII, na Europa. Segundo essa visão, a História poderia ser dividida em Idades, marcadas pelos fatos históricos que determinam início e fim de cada uma. Vejamos:
– IDADE ANTIGA
Foi o período que se estendeu desde a invenção da escrita (4000 a.C. a 3500 a.C.) até a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.) e início da Idade Média (século V). Neste período temporal verificamos que as chamadas civilizações antigas, que conhecem a escrita, coexistem com outras civilizações, escrevendo sobre elas (Proto-História).
Diversos povos se desenvolveram na Idade Antiga. As civilizações de regadio – ou civilizações hidráulicas – (Egito, Mesopotâmia, China), as civilizações clássicas (Grécia e Roma), os Persas (primeiros a constituir um grande império), os Hebreus (primeira civilização monoteísta), os Fenícios (senhores do mar e do comércio), além dos Celtas, Etruscos, Eslavos, dos povos germanos (visigodos, ostrogodos, anglos, saxões, etc) e outros.
A Antiguidade foi uma era importantíssima, pois nessa época tivemos a formação de Estados organizados com certo grau de nacionalidade e territórios e organização mais complexas que as cidades que encontramos antes desse período da história.
Algumas religiões que ainda existem no mundo moderno tiveram origem nessa época, entre elas o cristianismo, o budismo, confucionismo e judaísmo.
O próprio estudo da história começou nesse período com Heródoto e Tucídides, gregos que começaram a questionar o mito, a lenda e a ficção do fato histórico, narrando as Guerras Médicas e a Guerra do Peloponeso respectivamente.
– IDADE MÉDIA
O período da Idade Média foi tradicionalmente delimitado com ênfase em eventos políticos. Nesses termos, ele teria se iniciado com a desintegração do Império Romano do Ocidente, no século V (476 d. C.), e terminado com o fim do Império Romano do Oriente, com a Queda de Constantinopla, no século XV (1453 d.C.).
– IDADE MODERNA
É um período específico da História do Ocidente. Destaca-se das demais por ter sido um período de transição por excelência. Tradicionalmente aceita-se o início estabelecido pelos historiadores franceses, 1453 quando ocorreu a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, e o término com a Revolução Francesa, em 1789.
– IDADE CONTEMPORÂNEA
A idade contemporânea é o período específico atual da história do mundo ocidental, iniciado a partir da Revolução Francesa (1789 d.C.).
O seu início foi bastante marcado pela corrente filosófica iluminista, que elevava a importância da razão. Havia um sentimento de que as ciências iriam sempre descobrindo novas soluções para os problemas humanos e que a civilização humana progredia a cada ano com os novos conhecimentos adquiridos.
Com o evento das duas grandes guerras mundiais o ceticismo imperou no mundo, com a percepção que nações consideradas tão avançadas e instruídas eram capazes de cometer atrocidades dignas de bárbaros. Decorre daí o conceito de que a classificação de nações mais desenvolvidas e nações menos desenvolvidas tem limitações de aplicação.
Atualmente está havendo uma especulação a respeito de quando essa era irá acabar, e, por tabela, a respeito da eficiência atual do modelo europeu da divisão histórica.
………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..
As “Etapas da Evolução” são as fazes pelas quais o homem passou.
Primatas: Eles viveram ha cerca de 70 milhões de anos atrás. Eles habitavam árvores e se alimentavam de folhas e insetos.
Homonóides: Eram primatas que viveram aproximadamente entre 22 a 24 milhões de anos atrás. Eles tinham tamanho de um pequeno gorila, eles habitavam árvores e desciam ao solo. Eles eram quadrúpedes e, de vez em quando, caminhavam sobre duas patas.
Hominídeos: Eles viveram há cerca de 3 a 1 milhão de anos atrás. Ele já andava ereto (postura ereta) , e usava os longos braços para se pendurar em árvores, coletar frutos e para tacar pedras em animais.
Homo Habilis: Ele foi o primeiro hominídeo do gênero homo. Viveu por volta de 2 milhões a 1,4 milhão de anos. Ele fabricava ferramentas simples, e usava uma linguagem rudimentar.
Homo Erectus: Viveu entre 1,6 milhão a 150 mil anos atrás. Fabricava instrumentos de pedra mais complexos e cobria o corpo com peles de animais. Eles viviam em grupos que tinha mais ou menos 30 membros, usava uma linguagem mais sofisticada e foi ele quem descobriu o fogo.
Homem de Neandertal: Viveu entre 300 e 30 mil anos atrás, era habilidoso. Enterrava os mortos em cavernas e deixavam comidas e objetos como oferendas. Conviveu com o Homo Sapiens Sapiens e desapareceu por motivos até hoje desconhecidos.
Homo Sapiens Sapiens (ou Cro-Magnon): Surgiu há cerca de 150 mil anos. Espalhou-se por toda terra. Desenvolveu a pintura e a agricultura.
De acordo com pesquisas, a espécie Neanderthal evoluiu na Europa durante a Idade do Gelo e a Sapiens evoluiu na África antes de se disseminar pelo resto do mundo cerca de 40 mil anos atrás.
Para os estudiosos, se o cálculo estiver correto, o fato do Homem de Neanderthal ter sido extinto há cerca de 30 mil anos é a prova de que as duas espécies existiram simultaneamente na Europa e, provavelmente, interagido entre si.
………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….
DINOSSAUROS – 250.00 A 65.000 milhões – asteróide
ERA DO GELO – 150.000 A 80.000 mil
NEANDERTHAL – 230.000 A 30.000 mil
CRO-MAGNON – seria o início do SAPIENS – 200.000 mil
80.000 – Recentes descobertas confirmam que toda a nossa raça se origina de um pequeno grupo de humanos que viviam há 80 mil anos no leste da África.
10.000 – Homo sapiens sapiens descobriu a agricultura e domesticou os animais. Tornou-se sedentário e criou as primeiras cidades. A Terra já estava totalmente povoada.
5.000 – Surgiram as primeiras civilizações e foi inventada a escrita. Era o fim da Pré-História e o início de uma nova aventura humana.
ERA DO GELO
É a designação dada ao período em que a Terra se encontra com uma atmosfera composta por uma quantidade muito elevada de água (umidade excessivamente elevada do ar), quando tem seus ajuntamentos de água bastante ampliados (chegando a atingir a própria atmosfera da Terra), mantendo assim uma temperatura muito baixa, diminuindo o nível dos oceanos e gerando condições de vida bastante inóspitas.
Em torno de um milhão de anos atrás, a temperatura da Terra sofreu uma enorme queda.
Os únicos seres que conseguiram sobreviver a este período foram os animais com maior quantidade pêlos, como por exemplo, o rinoceronte lanoso, os primitivos antílopes e alguns mamutes.
Ainda hoje, é possível encontrar parte das calotas glaciais deste período. As que estão em grande parte da Groelândia são um exemplo disto
No total ocorreram quatro glaciações durante o Período Glacial. Na passagem de uma para outra, ocorreram períodos mais quentes, época em que o gelo era derretido, formando lagos nos vales.
A comprovação da existência desses períodos foi feita por geólogos através de longo tempo pesquisando as rochas e fósseis. Entretanto, ainda não se descobriu a razão que levou a resfriamento da crosta terrestre. Há cientistas que acreditam que estamos entre um desses períodos quentes, que se resfriará daqui alguns séculos.
Os indícios da existência dessa era são bastante evidentes até mesmo para as nossas épocas. A existência de fósseis de animais extintos, como dinossauros (animais répteis), e certas características em animais sobreviventes nos períodos atuais mostram fortemente os indícios da sua existência.
Segundo levantamentos feitos por estudiosos, o fim do período da Era Glacial, é dado pela mudança da umidade atmosférica, fazendo com que se dê uma diminuição da quantidade de água existente no ar (queda da umidade relativa do ar), gerando assim uma maior acumulação nos oceanos e originando o aquecimento em nível global.
Durante os últimos milhões de anos houve várias eras glaciares, ocorrendo com freqüências de 40.000 a 100.000 anos, sendo a última cerca de 150 mil anos
De fato, estaríamos em vésperas de uma nova Era Glacial, já que em média o planeta experimenta 10.000 anos de era quente a cada 90.000 anos de Era de Gelo.
O impacto da atual civilização sobre o planeta é bem menor que o impacto de um meteoro, como aquele que supostamente provocou a extinção dos grandes répteis.
O ancestral humano deste período é denominado homem de Cro-Magnon, que convivia com espécies animais já extintas, como os mamutes, os leões das cavernas e os cervos gigantes, entre outros.
Ao final da Era Glacial foram surgindo as florestas tropicais, as equatoriais e as savanas. Logo, surgiu a raça humana.
EVOLUÇÃO DO HOMEM
As modernas análises por DNA já confirmaram: todos nós descendemos de alguns milhares de africanos – entre 2 mil e 6 mil, provavelmente – que viveram há 80 mil anos e partiram de seu lar na África Oriental numa única onda migratória, terminando por povoar todos os outros continentes. Segundo esses estudos, a migração foi rápida – nossos antepassados chegaram à Ásia 60 mil anos atrás, e a Europa foi ocupada há 40 mil anos.
Expansão rápida A disseminação do Homo sapiens pela Terra se deu a partir de uma única onda migratória, que em apenas 10 mil anos levou a raça até a Austrália. Depois, a migração avançou para o norte. |
||
|
||
|
||
|
O estímulo para a criatividade
Iniciada há cerca de 70 mil anos, a glaciação Wisconsin, última etapa da mais recente Era do Gelo, pode ter criado as condições climáticas que impulsionaram o Homo sapiens a empreender sua migração. Embora não tenha reduzido muito as temperaturas na África, ela diminuiu a evaporação dos oceanos, o que levou a uma queda nas precipitações pluviométricas e, no caso africano, a secas drásticas. Outro fato veio piorar a situação: a explosão do vulcão Toba, na Indonésia, há 74 mil anos. As nuvens de cinzas liberadas pelo vulcão tomaram a atmosfera terrestre, reduzindo a passagem da luz solar por vários anos e resfriando ainda mais a superfície do planeta.
Quem tinha mais chances de sobreviver nessas condições diferenciadas? Aqueles com maior capacidade cerebral, que podiam criar novas idéias, ferramentas, armas, invenções e artes. Esse estímulo forçado à criatividade dado pela natureza foi um fatorchave na ascensão do Homo sapiens a rei da Terra.
CURIOSAMENTE, NOSSOS antepassados não aproveitaram o vale do rio Nilo para chegar à costa do Mediterrâneo. Em vez disso, conforme estudos de DNA publicados em 2007 na revista Science, eles a atingiram entre 40 mil e 50 mil anos atrás, após passar pela Península Arábica, pelo Oriente Médio (onde parte deles seguiu rumo norte, dividindo-se entre a Europa Oriental e a China) e a partir daí na direção oeste, chegando à Europa pela atual Turquia e ao litoral norte da África através da Península do Sinai.
Todas essas rotas migratórias colocaram nossos antepassados em contato com as mais diversas condições ambientais – diferenças geográficas, climáticas, de fauna e de flora, por exemplo – e, em particular, com outras espécies humanas, estabelecidas naquelas regiões havia milhares de anos. Eles superaram todos os obstáculos e adaptaram-se a esses ecossistemas variados.
Descobertas recentes na Rússia e na Ucrânia, por exemplo, mostram que o Homo sapiens foi mais capaz de enfrentar climas rigorosos do que o homem de Neandertal. Os pesquisadores encontraram ali o mais antigo sinal de arte decorativa – um rosto semi-acabado gravado na presa de marfim de um mamute, datado em 45 mil anos. Os vestígios do homem de Neandertal na área vão até 115 mil anos atrás, com o início da Era do Gelo; depois disso, esse povo partiu para o sul e nunca mais voltou. Resistindo ao clima severo daquelas terras, o Homo sapiens já mostrava que vinha para ficar.
A pergunta que surge daí é inevitável: o que tornou nossos ancestrais aptos a – de repente, em termos arqueológicos – espalhar-se pelos continentes e conquistar o planeta? Só para relembrar, o crânio mais antigo de um Homo sapiens, encontrado em Omo (Etiópia), tem cerca de 195 mil anos de idade. O que, depois de uns 115 mil anos, lhes permitiu tomar a África e, em seguida, o mundo?
É bem provável que uma grande mudança tenha ocorrido então. Diversos pesquisadores falam de uma “explosão de criatividade”, um aumento na capacidade de processamento cerebral suficiente para permitir ao Homo sapiens a criação da primeira linguagem complexa, de novas estruturas sociais, de maneiras mais eficientes de produzir ferramentas, de padrões diferentes de arte – enfim, dos elementos que compõem uma cultura mais avançada. Arqueólogos também falam de indícios de que objetos eram transportados por longas distâncias, o que leva à suspeita de que já havia alguma forma rudimentar de economia, na qual itens como adornos, alimentos e ferramentas eram trocados.
Outro fator indicativo de que alguma coisa extraordinária aconteceu no cérebro do Homo sapiens foi a descoberta de esqueletos de homens anatomicamente modernos nas cavernas de Skhul e Qafzeh, em Israel, datados entre 90 mil e 100 mil anos. Nos dois locais foram encontrados itens com ocre e adornos, uma evidência de que ali se faziam ritos funerários com oferendas para os mortos. Tais características de uma consciência mais elevada, porém, não foram suficientes para fazer esses ancestrais se fixarem ali de vez: os restos de homens de Neandertal encontrados em camadas do solo mais antigas e mais recentes mostram que aquela passagem do Homo sapiens pelo Oriente Próximo foi efêmera.
A migração seguinte, entretanto, já não abriu mais espaços para os rivais. Em alguns milhares de anos, os homens de Neandertal – que ocuparam a Europa por pelo menos 300 mil anos – foram totalmente substituídos por nossos ancestrais. Em todos os outros lugares onde houve competição, a superioridade cerebral do Homo sapiens prevaleceu. O passo seguinte, e inevitável, veio na medida da ambição da raça: o próprio planeta.
A história segundo o DNA A genética ofereceu um novo caminho para se estudar a história humana: o DNA, ou, mais precisamente, o cromossomo masculino (o “Y”), e a mitocôndria, a parte da célula que responde pela produção de energia. Como ambos não sofrem a mistura de genes do pai e da mãe durante a fecundação, as mutações que apresentam servem como verdadeiros “códigos de identificação” dos diversos povos. Ao migrar para outro ambiente, um povo passa a acumular em seu código genético mutações diferentes daquelas pessoas que permaneceram no mesmo local. Depois de alguns milhares de anos, os migrantes dão origem a novas populações. Os geneticistas concluíram que a humanidade nasceu na África porque em nenhum outro continente há tanta diversidade genética. Já os europeus são os caçulas: têm “apenas” 40 mil anos de idade, ante 80 mil dos africanos e 50 mil dos asiáticos. |
vocês devem ter nômade